Pimenta (Capsicum spp.)
Nome Científico: Capsicum spp
Nomes Populares: Pimenta, Malagueta, Pimenteira, Piri-piri
Família: Solanaceae
Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Ervas Condimentares, Flores Perenes, Frutas e Legumes, Plantas Hortícolas
Clima: Continental, Equatorial, Mediterrâneo, Subtropical, Temperado, Tropical
Origem: América Central, América do Norte, América do Sul
Altura: 0.3 a 0.4 metros, 0.4 a 0.6 metros, 0.6 a 0.9 metros, 0.9 a 1.2 metros, 1.2 a 1.8 metros
Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
A pimenta-malagueta é uma variedade de Capsicum frutescens muito utilizada em Angola, Cabo Verde, Brasil, Moçambique e Portugal.
Também é conhecida pelos nomes de piripiri, jindungo, maguita-tuá-tuá, cumarim, ndongo, nedungo. Em Angola, Moçambique e Portugal, são chamados piripiri os frutos menores e malagueta os maiores. Normalmente, são usados secos para condimentar carnes.
A malagueta, como todas as outras espécies do gênero Capsicum, é nativa das regiões tropicais das Américas.
A pimenta-malagueta silvestre, também conhecida no Brasil como malaguetinha-caipira, destaca-se pela alta concentração da capsaicina e baixíssimos teores de piperina, o que faz com que seus efeitos no organismo humano sejam predominantemente benéficos. Além disso, seu sabor inconfundível e marcante fazem dela uma variedade apreciada por muitos. Contudo, é importante salientar que as espécies de pimenta comercializadas como sendo malagueta, via de regra, são espécies híbridas, resultantes de cruzamentos realizados para desenvolver variedades mais produtivas, mais resistentes a pragas e menos atrativas aos pássaros e insetos, uma vez que a malaguetinha original é altamente susceptível a todos esses ataques.
A cultura popular no interior dos estados de Minas Gerais e de Goiás, no Brasil, identifica a maioria das variedades encontradas no comércio com o rótulo de pimenta-malagueta como sendo pimenta-café. Esta denominação decorre do aroma característico da fruta, que se assemelha ao cheiro do grão de café em fase de secagem. Além disso, outra característica fundamental que difere a malaguetinha silvestre das espécies híbridas é o tamanho e a coloração do fruto. A variedade original apresenta um fruto menor do que as espécies mais comuns e, mesmo após amadurecido, a pontinha do fruto preserva um tom levemente esverdeado.
O cultivo desta variedade é mais comum em Minas Gerais, Bahia e Goiás.
A designação malagueta era já dada, antes da chegada dos europeus à América em 1492, a uma especiaria picante da África Ocidental – a pimenta-da-guiné (Aframomum melegueta). A qualidade picante de certas variedades de Capsicum haverá levado os europeus a baptizá-las de malagueta.
O gênero Capsicum inclui plantas de frutos picantes, conhecidos como pimentas, assim como plantas de frutos “doces”, os pimentões. As diferentes espécies de pimenta conhecidas podem ser classificadas como domésticas, semi-domesticadas e selvagens. As espécies domésticas e mais cultivadas são a C. annuum var. annuum, C. baccatum var. pendulum, C. chinense, C. frutescens e C. pubescens. As pimentas deste gênero não apresentam relação botânica com outras pimentas comumente utilizadas como tempero, como a pimenta-do-reino (Piper nigrum), pimenta-da-jamaica (Pimenta dioica ou pimenta-rosa (Schinus sp).
As pimentas são cultivadas principalmente com fins alimentares, medicinais, condimentares e ornamentais. Elas apresentam caule lenhoso ou semi-lenhoso, ramificado, ereto ou recurvado, e folhas lanceoladas, verdes e brilhantes, com nervuras bem marcadas. O porte é variável, sendo que algumas cultivares são anãs e outras podem atingir 1,5 metros de altura. As flores são em sua maioria brancas, mas algumas variedades apresentam flores arroxeadas. O fruto é uma baga de tamanho variável, que pode ter formato esférico, cônico, campanulado, entre outros e apresentar diversas cores, como verde, branco, amarelo, vermelho, laranja, preto, marrom ou violeta.
A capsaicina e outros compostos do grupo dos capsaicinóides são os responsáveis pelo sabor picante das pimentas. Esta picância é medida em escala própria, a escala Scoville, que parte do pimentão, como tendo picância 0 e vai aumentando em unidades até chegar às pimentas mais picantes, com 300,000 unidades, conhecidas como habaneros. Na culinária as pimentas são utilizadas em conservas, molhos, saladas, recheadas, etc e seu uso é tão difundido que faz parte das mais diversas culturas orientais e ocidentais.
Apesar de consideradas perenes, as variedades atuais de pimenteiras são selecionadas para frutificarem intensamente em um curto período de tempo. Desta forma, após o primeiro ano, elas perdem a beleza, enfraquecem, produzem menos e se tornam sensíveis a pragas e doenças. Os vasinhos e canteiros devem ser reformados a cada um ou dois anos e, para que as pimenteiras ornamentais sejam mais longevas, o raleio de flores e a colheita permanente dos frutos maduros são recomendados.
Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, profundo, leve, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. A pimenteira aprecia adubações semanais durante o crescimento e floração e adubações quinzenais durante a frutificação. Não tolera estiagem, encharcamento, frio ou geadas. Multiplica-se por estaquia e mais comumente por sementes. A colheita inicia-se de 100 a 120 dias após o plantio.
Medicinal:
Indicações: alterações da coagulação sanguínea, arteriosclerose, colesterol elevado, inflamações, depressão, fraqueza, escorbuto
Propriedades: antiinflamatória, rica em vitamina C, antioxidante, dissolve coágulos, eleva o metabolismo, cicatrizante, aperiente, eleva o humor, aumenta a resistência do organismo
Partes Utilizadas: frutos
Referências:
JARDINEIRO.NET. Pimenta – Capsicum spp. Disponível em: https://www.jardineiro.net/plantas/pimenta-capsicum-spp.html. Acesso em: 1 jul. 2021.
WIKIPEDIA. Couve. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Couve. Acesso em: 1 jul. 2021.