Moringa

Acácia-branca (Moringa oleifera)

 

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Clado: Angiosperms

Clado: Eudicots

Clado: Rosids

Classe: Magnoliopsida

Ordem: Brassicales

Família: Moringaceae

Gênero: Moringa

Nome Científico: Moringa oleifera

Sinonímia: Moringa moringa, Moringa pterygosperma, Guilandina moringa, Moringa zeylanica, Hyperanthera moringa

Nomes Populares: Acácia-branca, Moringa, Morangue, Muringueiro, Árvore-rabanete-de-cavalo, Cedro, Moringueiro, Quiabo-de-quina, Morango, Árvore-dos-milagres

Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Árvores, Árvores Ornamentais, Folhas e Flores, Frutas e Legumes, Medicinal, Plantas Hortícolas, Raízes e Rizomas

Clima: Equatorial, Mediterrâneo, Semi-árido, Subtropical, Tropical

Origem: Ásia, Himalaia, Índia

Altura: 4,7 a 6 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

 

A acácia-branca ou moringa, como também é conhecida, é uma árvore de pequeno a médio porte, decídua, florífera e de muitas utilidades. Ela é originária dos Himalaias, e espalhou-se por diversas regiões tropicais e subtropicais do planeta devido às inúmeras qualidades que possui, principalmente como planta medicinal e alimentar. Apresenta tronco único e ereto, com diâmetro de 20 a 45 cm, com casca espessa, de cor cinza esbranquiçada. Apresenta uma copa aberta, com ramos pendentes, hirsutos e delicados, que resultam num formato de sombrinha. As folhas são tripinadas, com folíolos elípticos a obovados, de cor verde clara, dando ao conjunto das folhas um aspecto plumoso. Floresce durante o ano inteiro, despontando cachos de flores pequenas, hermafroditas, perfumadas, de cor branca-creme. Os frutos que se seguem são longas vagens pêndulas, que se abrem em três valvas quando maduros, liberando as numerosas sementes leves, papiráceas e aladas.

Moringaceae é uma família de plantas com flor (angiospérmicas) pertencente à ordem Brassicales. A família é monogenérica, constituída pelo gênero único Moringa. O gênero agrupa 13 espécies, todas com distribuição natural nas regiões de clima tropical e subtropical da África e do sudoeste da Ásia. As espécies de Moringa apresentam crescimento rápido, adaptando-se a uma grande variedade de ambientes, incluindo em regiões semi-áridas.

As espécies do gênero Moringa são arbustos ou pequenas árvores decíduas, com raízes e caules suculentos, bulbosos ou carnudos, nalguns casos “árvores de garrafa” com troncos paquicaules suculentas e inchados. Todas estas espécies contêm, em particular nas suas partes suculentas, os glucosinolatos típicos das Brassicales que lhes conferem um forte cheiro a rábano. As espécies arbustivas têm em geral um número reduzido de ramos em torno da parte terminal do tronco, que secam quando as condições de secura ambiental obrigam a planta a reduzir o consumo de água. Em períodos úmidos estas espécies recuperam as ramagem, com crescimento rápido a partir dos nutrientes armazenados nas raízes e caules suculentos.

A moringa é cultivada principalmente por seu valor alimentar e medicinal, sendo considerada uma planta milagrosa. Ela é riquíssima em nutrientes, de proteínas a vitaminas, e tem contribuído enormemente no combate à desnutrição em países subdesenvolvidos. Ela ainda é uma aliada poderosa dos vegetarianos, por seu alto teor de aminoácidos essenciais. Folhas, frutos, sementes, flores e raízes podem ser consumidos de diversas formas, desde cruas, em sucos, vitaminas, saladas, até em preparações cozidas em sopas, bolinhos, etc. A farinha das folhas também é aproveitada como suplemento alimentar. O pó das sementes produz um efeito semelhante à floculação no tratamento da água, purificando, aglutinando e eliminando impurezas e microorganimos, que decantam rapidamente para o fundo do recipiente. Veja o quadro abaixo para informações sobre utilizações medicinais.

As folhas apresentam inserção alterna, duas ou três vezes pinadas, com margens inteiras, geralmente com limbos pequenos. Não têm estípulas, mas por vezes apresentam protuberâncias glandulosas nas base dos pecíolos e folíolos.

As flores são hermafroditas, pentâmeras, agrupadas em inflorescências axilares cimeiras do tipo panícula, cada uma com numerosas flores. A flores são muitas vezes pequenas, sendo que nos casos em que são maiores apresentam marcada zigomorfia. O cálice é em forma de taça ou tubular. As 5 sépalas são todas desiguais e de entre as 5 pétalas desiguais, de coloração branca, amarela ou vermelha, a mais exterior é em geral a de maiores dimensões. Entre os 5 estames férteis ocorrem 3-5 estaminódios. Entre os carpelo, de 2 a 4 são fundidos num ovário súpero ou semi-súpero, esbelto e cilíndrico, que termina num estilete tubular, sem estigmas radiais.

Seu uso paisagístico ainda é discreto, mas tem grande potencial, devido ao tronco engrossado, de aspecto muitas vezes barrigudo, que confere um certo exotismo ao jardim. Fornece uma sombra clara, de cerca de 50%, próprio para o cultivo de epífitas e forrações de meia sombra na base. Além disso floresce o ano todo. Em alguns países, também é utilizada como planta envasada, com o calibroso e escultural caudex evidenciado, da mesmo forma que a Rosa-do-deserto (Adenium obesum).

Deve ser cultivada em solo preferencialmente fértil, profundo, drenável, neutro a levemente ácido, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente no primeiro ano de implantação. Ainda assim, ela é capaz de vegetar em diversos tipos de solo, evitando-se os muito secos e os excessivamente pesados e argilosos, sujeitos a encharcamentos. Depois de bem estabelecida, ela torna-se tolerante à períodos de estiagem. Resiste à geadas leves, mas vegeta melhor sob o calor tropical. Responde bem à fertilização e irrigação suplementar, produzindo mais folhas e vagens. Multiplica-se por sementes frescas e estaquia de ramos lenhosos ou semi-lenhosos.

O fruto é uma cápsula lenhosa, de três a doze gomos que termina em três abas que se abrem na maturidade de forma explosiva. As sementes são numerosas, na maioria dos casos aladas, com três asas, não contendo tecido nutritivo (endosperma).

O nome genérico deriva de murungai /munakkai/ muringa, os vocábulos tâmil/telugo/malaiala usados como nome comum da espécie Moringa oleifera. Na língua gujarati a espécie é denominda saragvo.

Na sua presente circunscrição taxonômica o gênero Moringa agrupa 13 espécies validamente descritas, todas nativas das regiões de climas tropicais e subtropicais. As espécie variam em hábito e tamanho entre pequenas plantas herbáceas e árvores de grandes dimensões. A maioria apresenta uma marcada paquicaulia.

A espécie tipo, e simultaneamente a mais conhecida, é Moringa oleifera, árvore originária do estado de Kerala, no sopé dos Himalaias (noroeste da Índia), conhecida pelo nome comum de moringa ou acácia-branca. Esta espécie é cultivada como árvore multiusos nos trópicos. A espécie africana Moringa stenopetala também é amplamente cultivada, embora menos que Moringa oleifera.

Medicinal:

Indicações: Desnutrição, Arteriosclerose, Hipercolesterolemia, Hipovitaminose, Fraqueza, Febre, Doenças infecciosas, Cólicas, Diabetes, Verminoses, Doenças do fígado e vesícula biliar, Prostatite, Câncer, Tumores, Viroses, Epilepsia, Fadiga, Glaucoma, Hipertensão, Hepatite, Lupus, Artrite

Propriedades: Anti-diarréica, vermífuga, afrodisíaca, antiinflamatória, abortiva, contraceptiva, nutriente, analgésica, antimicrobiana, antiespasmódica, diurética, vermífuga, anticonvulsivante, antiedêmico, antieplético, antifúngico, antioxidante, antipirético, antisséptico, antitumoral, antiviral, aperiente, broncodilatador, cardiodepressor, cardiotônico, carminativo, cicatrizante, colagogo, colerético, calmante, depurativo, embólico, emenagogo, emético, estimulante, estomáquico, expectorante, hipoglicemiante, hipotensivo, imunoestimulante, imunossupressor, lactagogo, laxativo, litolítico, mutagênico, rubefasciente, sedativo e vasoconstritor

Partes Utilizadas: Flores, folhas, frutos, sementes, casca e raízes

 

Referências:

Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Moringa. Acessado em: 21 jul 2021.

Disponível em: https://www.jardineiro.net/plantas/acacia-branca-moringa-oleifera.html. Acessado em: 21 jul 2021.

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