Maracujá

Maracujá (Passiflora SP)

 

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida

Ordem: Malpighiales

Família: Passifloraceae

Gênero: Passiflora

Espécie: P. edulis

Nome Científico: Passiflora sp

Nomes Populares: Maracujá, Flor-da-paixão, Maracujazeiro

Categoria: Frutas e Legumes, Plantas Hortícolas, Trepadeiras

Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical

Origem: África, América Central, América do Sul, Austrália

Altura: acima de 12 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

 

Maracujá (do tupi mara kuya, “fruto que se serve” ou “alimento na cuia”) é um fruto produzido pelas plantas do gênero Passiflora (essencialmente da espécie Passiflora edulis) da família Passifloraceae. A planta, também conhecida como maracujazeiro, é espontânea nas zonas tropicais e subtropicais da América.

Cultivada também pela sua flor ornamental (tal como as outras espécies do mesmo gênero botânico), a Passiflora edulis é cultivada com fins comerciais, devido ao fruto, no Caribe, no sul da Florida e no Brasil, que é o maior produtor – e também consumidor – mundial de maracujá. O maracujá de uso comercial é redondo ou ovoide, amarelo ou púrpura-escuro quando está maduro, e tem uma grande quantidade de sementes no seu interior.

É uma planta trepadeira, de crescimento vigoroso e continuo; com sistema radicular pouco profundo, caule trepador, folhas lobadas e verdes com gavinhas (órgãos de sustentação). Em algumas espécies, as folhas são arredondadas e em outras são partidas, com bordos serrilhados. As flores são grandes, vistosas, de diversas cores de acordo com a espécie e a variedade. O principal polinizador natural do maracujá é a abelha mamangava.

A floração ocorre no verão. Os frutos são arredondados e com numerosas sementes achatadas envoltas pela polpa gelatinosa e saborosa. O gênero Passiflora compreende cerca de 400 espécies, sendo que entre estas, 2 espécies são as mais importantes na produção de frutos: o P. edulis e o P. alata. Os frutos têm ampla utilização culinária, prestando-se para o consumo in natura e para o preparo de sucos, geléias, sobremesas e molhos para carnes.

Adequada para cobrir cercas, pérgolas e caramanchões, deve ser cultivada a pleno sol, em solo fértil com boa adubação orgânica regada periodicamente para uma boa floração e frutificação. A maioria das espécies não é tolerante ao frio e às geadas. Pode perder a beleza e a saúde com a idade, requerendo o replantio. Multiplica-se por estacas e principalmente por sementes.

O fruto é utilizado especialmente para produzir suco ou polpa de maracujá, às vezes misturada ao suco de outros frutos, como a laranja. É popularmente conhecido como a fruta da tranquilidade. A flor do maracujá é polinizada principalmente por abelhas grandes, conhecidas popularmente como mamangava.

Este fruto é fonte de vitaminas A, C e do complexo B. Além disso, apresenta boa quantidade de sais minerais (ferro, sódio, cálcio e fósforo).

Sua utilização como sedativo (calmante) é conhecida desde a antiguidade, entretanto essa não é sua única utilização, pois pode ser utilizada como hipnótico, sonífero e tonificante ( DHAWAN, ET., 2004) como veremos adiante. No entanto, o chá de suas folhas deve ser utilizado com cautela, pois elas possuem ácido cianídrico (cianeto), e, desta forma, podem levar a pessoa a um quadro de intoxicação. Experimentalmente verificou que outros animais também podem ser intoxicados devido ao consumo de folhas de certas espécies do gênero Passiflora. Este fato também é evidente devido a algumas borboletas da família Nymphalidae, subfamília Heliconinae, se alimentarem de folhas de maracujá quando em fase larval (lagarta), e sendo imunes ao ácido cianídrico, absorvem e acumulam essa toxina em seu corpo. Assim, mesmo quando atingem a idade adulta (após realizarem a metamorfose e tornarem-se borboletas em si), são impalatáveis para as aves que tentam predá-las.

O Óleo de Maracujá tem uma aplicação muito variada na indústria cosmética: cremes, xampus, loções, óleos, sabonetes, etc. O óleo também pode ser usado tanto na alimentação humana e animal, quanto na indústria de tintas, sabões, alimentos e outras.

Enquanto produto cosmético a base de óleo de maracujá, este auxilia na regeneração pós-peeling e ajuda amaciar e hidratar peles secas. Auxilia também na regeneração de peles com estrias e normaliza o conteúdo lipídico alterado.

Produtos a base do óleo do maracujá proporciona sensação relaxante e antiestresse.

As doenças e as pragas que atacam a planta do maracujá provocam prejuízos econômicos expressivos e acarretam maior uso de defensivos agrícolas, além de serem a principal ameaça à expansão e à produtividade dos cultivos de maracujá-azedo e maracujá-doce. Em algumas regiões do Brasil, doenças como a bacteriose (Xanthomonas axonopodis pv. passiflorae), murcha de fusarium (Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae), virose do endurecimento do fruto (Passion fruit Woodiness Virus – PWV ou Cowpea aphid-borne mosaic vírus – CABMV) e a antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) têm sido importantes limitadores da produção. Essas doenças são favorecidas por condições edafoclimáticas favoráveis. Inclusive, com o uso inadequado da irrigação.

O Maracujá (termo genérico para diversas espécies das Passifloras) é uma planta medicinal com amplo uso na medicina tradicional ou etnofarmacológicos. Sendo principalmente nas infecções do sistema nervoso, onde encontra-se referência a sua indicação com sedativo, hipnótico, analgésico, antiespasmódico, tranquilizante, usado nas excitações nervosas, histeria, neurastenia; aplicado como emplastro na cabeça para o alívio de tonturas e dores de cabeça, etc.. Além de outros usos como: diurético ou indicado para asma, icterícia; na forma de emplastros ou loções para as erisipelas e doenças de pele com inflamação; doença relacionada à má digestão e dores de estômago. Inclusive tem sido cogitado ser um alimento funcional. Naturalmente ensaios clínicos devem ser realizados usando uma metodologia adequada para avaliar a eficácia putativa etno tradicional.

Pereira & Vilegas (2000) [15] realizaram uma revisão sobre a farmacologia, toxicologia e constituintes químicos presentes nas folhas das espécies: P. alata, P. edulis fo. flavicarpa, P. edulis fo. edulis e P. incarnata. Uma vasta revisão também foi realizada por Dhawan et al. (2004) [16], descrevendo a ação farmacológica, toxicologia e os constituintes químicos das folhas de várias espécies do gênero Passiflora. Entre seus diversos constituintes os flavonóides e alcalóide indolicos especialmente β-carbolina (harmano, harmina, harmalina) são potencialmente os elementos ativos capazes de explicar seu efeito hipnótico e sedativo contudo os referidos estudos de revisão apontam a necessidade de maiores estudos para identificação precisa desse efeito já registrado desde século XVII na Europa em antigos livros médicos e botânicos.

 

Referências:

Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Maracuj%C3%A1. Acessado em: 02 jul 2021.

Disponível em: https://www.jardineiro.net/plantas/maracuja-passiflora-sp.html. Acessado em: 02 jul 2021.

 

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